Jorge Machado: “Não entendo as decisões do colégio.
Existe muita dualidade de critérios nas decisões importantes!”
Do céu ao inferno. Assim
foi a jornada vivida por Jorge Machado na quarta prova do Campeonato de Portugal
de Ralicross by Transwhite 2022. Dominador na qualificação, o lousadense viu-se
forçado a abandonar na sua meia-final, depois de um acidente.
O Ralicross de Montalegre II continua na
ordem do dia, passado que está mais do que uma semana sobre o evento.
Os incidentes e a polémica marcaram a prova,
particularmente na Divisão S1600 e Jorge Machado não escapou ao longo rol de
pilotos que sofreram com os mesmos, juntando-se ao coro dos que lamentam e
alertam para o sucedido.
A prova montalegrense até começou da melhor
forma para o piloto do Citroen C2 S1600 que, depois de ter sido o 6º mais rápido
nos treinos cronometrados, rubricou uma “faena” notável e em crescendo nas
mangas de qualificação. 3º na Q1, 2ª na Q2, venceu a Q3 e terminou essa fase na
liderança, conquistando a pole-position para a sua meia-final e provando
que estava em Montalegre para lutar pelo triunfo.
Mas, o infortúnio estava prestes a bater à
porta.
“A nossa participação em Montalegre estava
a ser brilhante. Após as 3 corridas de qualificação estávamos em primeiro à
geral e tínhamos conquistado a pole para a meia-final. A equipa colocou-me o C2
simplesmente perfeito e eu estava a saborear cada segundo a conduzir. Infelizmente.
um acidente na meia-final logo na primeira volta deitou tudo a perder”, resumiu Jorge Machado.
O incidente e outras peripécias ao longo do
fim-de-semana fazem o piloto assumir um tom muito critico quanto à forma como
decorreu a prova:
“Não se entende o critério que preside às
decisões do colégio de comissários. Existe muita dualidade de critérios na hora
das decisões importantes e, pelo que estou a acompanhar foi em todas as
divisões, havendo já desistências em algumas categorias. Algo tem que mudar!”, salientando ainda que “pilotos e
equipas fazem um enorme esforço técnico e financeiro para transformar este campeonato
no sucesso que hoje tem junto do público, com o promotor do campeonato a também
estar a fazer um trabalho positivo. Como tal, as organizações e a tutela têm
claramente de fazer uma reflexão para melhorarem a qualidade organizativa e a
defesa da verdade desportiva”.
O lousadense não desarma e afirma que “não
me deixo abalar facilmente e já só penso em Mação para dar uma resposta à minha
equipa que merece muito mais. Os objetivos continuam a ser os mesmos, nada
mudou, queremos estar na luta pelo título até ao fim. Ainda nada sabemos sobre
o que vai acontecer com a homologação desta prova, pois a classificação
continua suspensa, mas, a ficar tudo como está, até não foi uma operação má de
todo, pois encurtamos a distância para a primeira posição. mesmo não somando
pontos na final. Acreditamos no nosso trabalho e ser campeões é o nosso
objetivo e sem complexos em assumir!”.
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João Raposo
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