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Portugueses no estrangerio -

PILOTOS PORTUGUESES NO ESTRANGEIRO - ANTÓNIO FELIX DA COSTA FALA DA SUA PROVA NOS STOCK CAR NO BRASIL

Domingo, 19 Novembro 2017 23:15 | Actualizado em Quinta, 25 Abril 2024 10:17

António Félix da Costa ‘chegou chegando’ para a Goiânia 500. Logo de cara, em sua primeira participação solo na Stock Car, o luso mostrou bom desempenho no treino livre que abriu o fim de semana e foi ao Q3 na classificação de sábado, obtendo o sexto lugar do grid. Grande resultado diante de uma grande maratona, dentro e fora das pistas, antes de desembarcar no Planalto Central apenas na tarde da última quinta-feira
Treino ‘endurance’, 10 horas de voo, fuso japonês: Félix da Costa chega, acelera e vê que “deu tudo certo”            


Treino ‘endurance’, 10 horas de voo, fuso japonês: Félix da Costa chega, acelera e vê que “deu tudo certo”

António Félix da Costa ‘chegou chegando’ para a Goiânia 500. Logo de cara, em sua primeira participação solo na Stock Car, o luso mostrou bom desempenho no treino livre que abriu o fim de semana e foi ao Q3 na classificação de sábado, obtendo o sexto lugar do grid. Grande resultado diante de uma grande maratona, dentro e fora das pistas, antes de desembarcar no Planalto Central apenas na tarde da última quinta-feiraEx-piloto do programa de desenvolvimento da Red Bull para a Fórmula 1, 
 Félix da Costa, conhecido também como ‘Formiga’ em Portugal, ‘chegou chegando’ em Goiânia. Mas o piloto enfrentou uma série de desafios antes de desembarcar no Planalto Central. Piloto de fábrica da BMW, António participou de uma intensa bateria de testes com a nova M8 GTE, novo carro da marca bávara para as provas de endurance no ano que vem, no circuito de Paul Ricard, na França. 2018 vai ser um ano muito importante para a BMW porque vai marcar o retorno da fábrica às 24 Horas de Le Mans.

E nesta semana, pouco antes de embarcar para o Brasil, Félix da Costa percorreu uma verdadeira maratona, dentro e fora das pistas. Com exclusividade ao GRANDE PRÊMIO, o português nascido em Lisboa, mas residente na bela Cascais, contou a saga dos últimos dias, nada fáceis, porém bem recompensadores para quem ganha a vida como piloto ao redor do mundo.

“Na verdade, queria ter chegado aqui um dia mais cedo. Tivemos de fazer um teste com a M8, o carro novo que vai para Le Mans lá em Paul Ricard, e aí fizemos um teste de endurance. Guiamos a noite toda. Fiquei com o stint da noite e pilotei da meia-noite às 3h da manhã, depois das 5h30 às 10h da manhã. Quando fui dormir, parecia que estava no fuso-horário do Japão [risos]. Foi complicado pegar mais um voo, ficar dez horas no avião... mas quando estou no carro, é só acelerar, então é tranquilo”, comentou Félix da Costa pouco depois de festejar a boa performance na classificação em Goiânia.
 
“Cheguei aqui na quinta-feira às 14h. A equipe explicou tudo muito bem, qual era o plano para o fim de semana, então deu para fazer as coisas direitinho, não erramos. Deu tudo certo”, comemorou.
 
O entrosamento com a HERO foi imediato. Logo Félix da Costa entrou nas brincadeiras do novo companheiro de equipe para o fim de semana, Diego Nunes. Na equipe chefiada por Maurício Ferreira, António sentiu-se em casa. Foi justamente pela Full Time que o luso disputou suas duas corridas na Stock Car, sempre como convidado de Allam Khodair na Corrida de Duplas. E ao lado de Khodair, o piloto europeu faturou dois pódios: terceiro lugar em Goiânia em 2015 e, no começo do ano passado, foi segundo em Curitiba. De volta ao Brasil, Goiânia é palco de sua ‘estreia solo’ na Stock Car neste fim de semana.

Ao falar sobre sua performance na pista ao longo do fim de semana até agora, António contou que não chegou a ser uma surpresa porque considera o carro da Stock Car bem ajustado ao seu estilo de pilotagem.
 
“Foi bom, cara. Principalmente porque andamos pouco no seco no nosso grupo. Foi um bocadinho além das expectativas. Foi bom. Sabia que iria andar bem. O carro da Stock Car é muito mecânico. E um piloto que consegue entender bem a mecânica do carro consegue rapidamente se adaptar, e eu tenho essa facilidade. Tenho que dizer que me adaptei muito bem ao carro. O equilíbrio estava muito bom”, comentou.
 
“Choveu muito depois do primeiro treino, e tinha muitas dúvidas se poderia melhorar mais, e não foi possível por conta da chuva. O ritmo na chuva foi bom, mas a classificação foi totalmente no seco. Então fui às escuras. Mas consegui entender bem as coisas, fiz uma boa volta no Q2. Depois, no Q3, vinha numa volta muito boa para tentar fazer segundo ou terceiro. Primeiro, acho que não dava. O [Daniel] Serrinha realmente está muito confiante, muito constante, consegue fechar uma volta sem problemas, mais rápido que os outros. Dava para fazer segundo ou terceiro, mas errei ali no terceiro trecho. Mas foi bom”, completou António.

Diferente das duas corridas que já fez na Stock Car, de tiro curto e tendo de dividir o carro com Khodair, agora Félix da Costa vai fazer duas provas de 40 minutos e mais uma volta. Uma dinâmica muito diferente da qual está acostumado, então o grande desafio para domingo é entender qual a melhor estratégia para a rodada dupla. Mas mesmo não sabendo bem o que vai enfrentar, António está otimista e confia até mesmo em voltar ao pódio no Autódromo Internacional Ayrton Senna.
 
“Acho que sim. Estou um bocadinho às escuras, ainda sem entender muito bem como funciona a dinâmica da corrida em termos de estratégia. Só hoje à tarde vamos conversar com a equipe, sentar e discutir qual a estratégia. Mas claramente quero ir para a frente, até porque tem gente brigando pelo campeonato, e certamente eles vão ser um bocadinho mais conservadores”, ponderou AFC, garantindo que vai partir para cima. E, quem sabe, até buscar a vitória.

Nessa vida de um piloto da sua envergadura e currículo, as viagens são uma constante. E tão logo encerre sua jornada em Goiânia, Félix da Costa já embarca de volta para a Europa, onde vai ficar por alguns dias antes de seguir para Hong Kong. Lá, o luso vai disputar a primeira etapa da temporada 2017/18 da F-E pela Andretti. Mas antes de atravessar o mundo, ‘Formiga’ não esconde a vontade de novamente deixar sua marca na Stock Car.
 
“Não tenho nada a perder. Mesmo para a HERO, para as pessoas que me chamaram, seria muito bom um pódio. Gostaria muito que chovesse, e se chover acho que podemos fazer ainda melhor, podemos até vencer a corrida. Vamos ver”, finalizou o piloto que é a grande atração do fim de semana da Goiânia 500.

FONTE: Texto e Fotos GRANDE PRÉMIO - Brasil - www.velocidadeonline.com

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