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DIVERSOS - MUITA ANIMAÇÃO NOS 250 KM DO ESTORIL

Domingo, 22 Novembro 2020 17:26 | Actualizado em Quinta, 25 Janeiro 2024 10:15

Corrida nacional com montra internacional
  • Merlyn MK4 de C. Barbot/D. Matos repete Pole-Position do ano passado
  • Qualificação com quatro modelos diferentes nos quatro primeiros lugares
  • Dia de sol perfeito para um excelente dia de corridas
  • Mais de vinte carros na grelha fazem desta corrida um marco no desporto automóvel
  • Categoria H71 discutida na reta da meta por +0.080 segundos depois de duas horas de prova

 
Os 250 km do Estoril costumam encerrar a temporada do Iberian Historic Endurance, mas este ano, como atípico que é, nem esta prova irá encerrar a competição este ano, como também se realizou a uma sexta-feira, em vez de ser durante o tradicional fim-de-semana. Com uma boa afluência de participantes nacionais e estrangeiros, a meteorologia até ajudou a tornar os 250 Km do Estoril uma das mais apreciadas corridas de Historic Racing. No final, foram duas horas de corrida com acontecimentos suficientemente interessantes para acompanhar do início ao fim.

Na sessão de qualificação, que se desenrolou pela manhã, o mais rápido foi o espetacular Merlyn MK4 (categoria H-GTP) de Carlos Barbot e Diogo Matos com um fantástico tempo de 1.51,618, já que este ano a prova se realizou com a curva do tanque, em vez de ser pela mais tradicional variante. Na segunda posição partiu o potente Porsche 911 3.0 RS dos dinamarqueses pai e filho Lars e Andreas Rolner, a liderar a categoria H-76. Pedro Bastos Rezende em carro idêntico qualificou-se logo atrás e a fechar o trio dos H76, ficou o Ford Escort RS 1600 do Miguel Ferreira/Francisco Carvalho.

O fantástico Cobra Daytona Coupé, inscrito como convidado por Miguel Lobo, ocupou o quinto lugar e logo de seguida mais dois Porsche 911 3.0 RS pretendentes à categoria H-76: o de Bruno Duarte/Filipe Jesus e o de Nuno Nunes/Piero Dal Maso/José Carvalhosa.

Em primeiro dos H71 qualificou-se Domingos Sousa Coutinho/Ricardo Pereira em BMW 2800 CS, logo com o Posche 2.5 ST de Dal Maso/Nuno Nunes/Carvalhosa e o Alfa Romeo GTAm do alemão Christian Oldendorf/José Monroy a seguir.

Na H65, o elegante Jaguar E-Type de Robert Frowein era o líder, com o fantástico Porsche 904/6 de Thorkild Stamp/Michael Holden atrás e o espectacular Shelby GT350 dos suíços Ralf e Maximillien Huber em terceiro.

Nos Gentlemen Driver Spirit, Luís Sousa Ribeiro/Ricardo Pereira impuseram o seu Lotus Cortina ao Porsche 911 SWB de Nuno Nunes/Piero Dal Maso/José Carvalhosa e ao Datsun 1200 de Francisco Freitas/Guillermo Velasco.
 
Corrida sempre animada

Depois do tradicional arranque simbólico ao estilo Le Mans com direito a um avião acrobático a embelezar cenário perfeito neste dia de sol, todos os participantes dão uma volta ao circuito e voltam a alinhar na grelha para se dar início à partida oficial dos 250 km do Estoril.
O espetacular Merlyn MK4 de Barbot/Matos logo enceta uma fantástica luta pelo primeiro lugar com o potente Porsche 911 3.0 RS dos dinamarqueses Rolner, que passam mesmo a liderar a corrida. Este duo começa a ganhar distância para os restantes e destacam-se do restante pelotão. Enquanto isso, Pedro Bastos Rezende, também em Porsche, que saiu do final da grelha inicia uma perseguição aos lugares cimeiros.

O eficaz Ford Escort RS 1600 de Vaz/Carvalho ocupava a quinta posição, terceira dos H76 e segue no encalço do convidado Miguel Lobo, em Cobra Daytona Coupé.
Mais atrás, a luta pela categoria H71 vem animada com o Porsche 911 2.5 ST de Nunes/Dal Maso/Carvalhosa, o BMW 2800 CS de Domingos Sousa Coutinho/Ricardo Pereira e o Alfa Romeo GTAm de Cristian Oldendorf/José Monroy.

O piloto alemão Robert Frowein vem em nono lugar a liderar a H65 e atrás segue o Porsche 911 2.8 RSR da tripla portuguesa Dal Maso/Nunes/Carvalhosa que tem neste início tem que se preocupar com o Saab Sonnet de Paulo Sousa/Francisco Pinto, terceiro e quartos da H76, respetivamente. O bonito Ford Escort de Luis Pedro Liberal/João Moreira é sexto da H76 e lidera o grupo de uma espetacular luta a cinco, ainda que de categorias diferentes: o Cortina Lotus de Luís Sousa Ribeiro/Ricardo Pereira, que liderava a categoria GDS, o Porsche 911 2.5 ST de Antonio Castro/Stig Nas, o Alfa Romeo TI Super de Paulo Rompante (que a esta altura já era segundo dos HGTP) e o Porsche 904/6 de Thorkild Stamp/Michael Holden.

Mais atrás, o Porsche 911 SWB Nuno Nunes/Piero Dal Maso/José Carvalhosa é o 2º da categoria Gentlemen Driver Spirit, já que o terceiro desta categoria é o bonito Datsun 1200 pilotado por Francisco Freitas/Guillermo Velasco.

Entretanto, o Ford Escort TC de Manuel Ferrão/Tiago Marques entra nas boxes, de onde não volta a sair e o Porsche 911 3.0 RS de Pedro Bastos Rezende, que vinha a fazer uma recuperação fantástica, também deixa de colaborar e obriga o piloto português a abandonar.

Carlos Barbot/Diogo Matos passam a liderar depois da primeira paragem obrigatória nas boxes, com o Porsche 911 dinamarquês de pai e filho Rolner em sua perseguição, os líderes da categoria H76. O convidado Miguel Lobo levava o seu Cobra Daytona Coupé ao terceiro posto e atrás vinha o rapidíssimo Ford Escort RS 1600 de Miguel Ferreira/Francisco Carvalho em segundos da categoria H76, até este não querer colaborar mais e a obrigar os dois pilotos a desistir.

Com isto, o Porsche 911 2.5 ST de Nuno Nunes/Piero Dal Maso/José Carvalhosa sobe ao quarto lugar e a liderar a categoria H71, com o BMW 2800 CS de Domingos Sousa Coutinho/Ricardo Pereira atrás, os segundos da mesma categoria.

Em primeiro da H65 mantinha-se o alemão Robert Frowein no Jaguar E-Type, que rodava tranquilamente num sétimo posto e de seguida vinha o fantástico Saab Sonnet de Paulo Sousa/Francisco Pinto, com o Ford Escort RS 2000 de Luís Liberal/João Moreira, da mesma categoria H76, em sua perseguição.

Antonio Castro/Stig Nas eram agora os terceiros da H71 no seu Porsche 911 2.5 ST e mais atrás, Nunes/Dal Maso/Carvalhosa passavam a liderar a categoria Gentlemen Driver Spirit, depois de Luís Sousa Ribeiro/Ricardo Pereira terem demorado mais tempo nas boxes a solucionar um problema mecânico.

Paulo Rompante vinha logo atrás no seu Alfa Romeo TI Super a ocupar o segundo lugar da HGTP, à frente do Porsche 904/6 de Thorkild Stamp/Michael Holden, que vinham a ganhar terreno e eram os segundos da H65. Com os problemas do Cortina Lotus de Sousa Ribeiro/Pereira, quem também aproveita para subir à segunda posição da Gentlemen Driver Spirit foi a dupla luso espanhola Francisco Freitas/Guillermo Velasco com o seu Datsun 1200.
 
Segunda parte de corrida emocionante

À passagem da primeira hora de corrida, o Merlyn MK4 de Carlos Barbot/Diogo Matos inicia um “stint” de tempos por volta endiabrados e abre vantagem para o segundo lugar, onde se mantinha de pedra e cal o Porsche 911 3.0 RS dinamarquês de Lars e Andreas Rolner, a serem os primeiros da categoria H76. Em terceiro surgia o Porsche 911 2.5 ST de Nunes/Dal Maso/Carvalhosa, os primeiros da H71 e o Ford Escort de Liberal/Moreira eram quartos e ocupavam uma fantástica segunda posição dos H76, com o Jaguar E-Type de Robert Frowein, que também vinha a fazer uma fantástica corrida, logo atrás a liderar a categoria H65.

Entretanto formava-se uma luta entre o BMW 2800 CS de Sousa Coutinho/Pereira e o Alfa Romeo GTAm de Christian Oldendorf/José Monroy, que disputavam a mesma categoria: a H71.
Em primeiro da Gentlemen Driver Spirit vinha a tripla portuguesa Dal Maso/Nunes/Carvalhosa em Porsche 911 SWB, com o Porsche 904/6 de Thorkild Stamp/Michael Holden atrás, a manterem a segunda posição da H65.

Antonio Castro/Stig Nas também mantinham a quarta posição da categoria H71 em Porsche 911 2.5 ST e fugiam agora de Paulo Rompante, o segundo dos HGTP, em Alfa Romeo Super TI.
A pouco menos de uma hora do final, o Saab Sonnet de Paulo Sousa/Francisco Pinto desistiu nas boxes quando era o quarto dos H76 e o elegante Jaguar E-Type de Robert Frowein também vinha às boxes para não regressar à pista, entregando a liderança da categoria H65 ao Porsche 904/6 dinamarquês de Thorkild Stamp/Michael Holden.

Destaque para o Porsche 911 3.0 RS de Bruno Duarte/Filie Jesus que, mesmo rodando em último por ter tido uns problemas no início da corrida, rodava com tempos idênticos aos da frente o que, em condições normais, lhes daria hipóteses de lutar pelos lugares dianteiros da sua categoria.
Até final, o Merlyn MK4 de Barbot/Matos não largou a dianteira da corrida e foi o primeiro a ver a bandeira de xadrez, sendo também o vencedor da categoria HGTP e com Paulo Rompante a ser o segundo, em Alfa Romeo SuperTI, desta mesma categoria.

Os dinamarqueses Lars e Andreas Rolner em Porsche 911 3.0 RS, venceram a categoria H76, com o Porsche 911 2.8 RSR de Nunes/Dal Maso/Carvalhosa em segundo e o Ford Escort RS 2000, que vem do Group 1 Portugal a fazer o terceiro lugar.

Já na categoria H71, quando tudo previa que o Porsche 911 2.5 ST de Nunes/Dal Maso/Carvalhosa vencessem, onde vinham líderes desde praticamente o início da corrida, foi em cima da reta da meta, a levar a bandeirada de xadrez, que o BMW 2800 CS de Domingos Sousa Coutinho/Ricardo Pereira assaltou o primeiro lugar desta H71, vencendo por uns incríveis +0.080 segundos, o que prova a competitividade existente nas corridas de clássicos. A terceira posição para o Porsche 911 2.5 ST do espanhol António Castro que fez parceira com o sueco Stig Nas.  

Na categoria H65, a vitória sorriu ao Porsche 904/6 de Thorkild Stamp/José Monroy, enquanto que na Gentlemen Driver Spirit Nunes/dal Maso/Carvalhosa venceram de Porsche 911 SWB com o fantástico Datsun 1200 de Freitas/Velasco em segundo e o Cortina Lotus de Sousa Ribeiro/Ricardo Pereira em terceiro.

Uma palavra ainda para o convidado Miguel Lobo, que não sendo contabilizado na classificação, terminou em sétimo da geral, depois de no último turno ter feito o circuito sempre em quarta por não conseguir engrenar outra mudança. Os alemães Volker Hichert/Bjorn Ebsen, também como convidados em Alfa Romeo GT, terminaram em nono lugar e fizeram também uma prova bem conseguida.

Para Diogo Ferrão “ter uma grelha desta dimensão em tempos de incerteza como a que vivemos é um orgulho. Quero agradecer a todos os pilotos que fizeram um esforço por estarem presentes a um dia de semana para poderem desfrutar dos seus carros, mas julgo que com este sol e esta temperatura foi um dia formidável. Espero que os pilotos tenham saído daqui contentes e com um bonito dia de desporto automóvel para recordarem”.
O Iberian Historic Endurance regressa agora em Jerez de La Frontera, nos dias 12 e 13 de Dezembro, para a última prova da temporada de 2020.

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