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COMÉRCIO & INDUSTRIA - BOSCH BATE RECORDE HISTÓRICO

Quinta, 17 Maio 2018 04:21 | Actualizado em Quarta, 15 Novembro 2023 18:37

Bosch: Recorde histórico com os resultados de 2017

Vendas chegaram aos 78,1 mil milhões de euros.

5,3 mil milhões de euros de recorde no EBIT das operações
-Evolução na proteção ambiental: diminuição do impacto das emissões de diesel na qualidade do ar
-Solução Bosch: emissões de NOx por diesel abaixo dos limites legais

A Bosch anuncia os seus resultados globais relativos a 2017 e prevê continuar a crescer em 2018 apesar do ambiente económico difícil a nível mundial. Depois de alcançar resultados recorde em 2017, e considerando os riscos económicos e geopolíticos, o Grupo Bosch espera um crescimento de 2 a 3 por cento nas vendas em 2018. No primeiro trimestre deste ano, a receita de vendas gerada pela empresa aumentou 5 por cento após ajuste aos efeitos da taxa de câmbio . O CEO da Bosch, Dr. Volkmar Denner, comentou o crescimento na conferência de imprensa anual que se realizou ontem em Renningen. "A combinação de know-how em conectividade, indústria e produto que temos na Bosch é incomparável. Esta é a nossa proposta diferenciadora.”

O responsável máximo coloca a melhoria da qualidade de vida e o contributo para o ambiente e clima no topo da agenda da Bosch: "O nosso ethos ‘Tecnologia para a Vida’ é a motivação para o desenvolvimento das melhores tecnologias para a proteção ambiental. Queremos ajudar a manter as pessoas móveis, enquanto melhoramos a qualidade do ar”. Para tornar as emissões relacionadas com a mobilidade praticamente nulas, a empresa está a fazer grandes investimentos, tanto para tornar a eletromobilidade num sucesso de mercado como para melhorar o motor de combustão.

2017 em análise: recorde de vendas e ganhos
O ano 2017 foi muito positivo para a Bosch e todas as áreas de negócio contribuíram para esse resultado. A empresa gerou uma receita de vendas de 78,1 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 6,8 por cento, ou 8,4 por cento após o ajuste aos efeitos da taxa de câmbio. O EBIT (ganhos antes das taxas e dos resultados financeiros) das operações alcançou os 5,3 mil milhões de euros, ou seja, 17 por cento acima de 2016. "Tanto a receita de vendas como os ganhos são os mais altos de sempre na história da nossa empresa. Além disso, o EBIT das operações cresceu ainda mais do que as vendas”, comentou o Prof. Stefan Asenkerschbaumer, CFO e vice-presidente da administração da Bosch. A margem do EBIT das operações atingiu os 6,8 por cento, 0,6 por cento acima do ano anterior. Os gastos com a investigação e desenvolvimento totalizaram 7,3 mil milhões de euros em 2017, mais de 9 por cento do total da receita de vendas.

Tecnologia diesel inovadora: emissões de NOx sem precedentes
A Bosch conseguiu um grande avanço na tecnologia diesel ao reduzir as emissões de NOx a um décimo do limite legal permitido. Em média, os veículos de teste equipados com a tecnologia avançada não emitem mais do que os 13 miligramas de NOx por quilómetro, o que é muito menos do que os 120 miligramas que vão ser permitidos após 2020.

"O diesel tem futuro. Vai continuar a ser essencial para as soluções de mobilidade”, afirmou o CEO da Bosch.

Estratégia para a IoT: ecossistemas de vários domínios
Nenhuma outra empresa oferece tantas soluções de conectividade no mundo real como a Bosch: além da mobilidade inteligente, a empresa está ativa em domínios como a Indústria 4.0, a cidade e a casa inteligente. Até ao momento, a Bosch implementou 170 projetos de IoT ,focando-se em desafios como o aumento populacional, a urbanização e a alteração climática. Em 2017, a empresa vendeu aproximadamente 38 milhões de produtos habilitados para a web, isto é, cerca de 40 por cento a mais que no ano anterior.

Atualmente, a Bosch emprega mais de 25.000 engenheiros de software, dos quais 4.000 estão envolvidos no desenvolvimento de soluções para a Internet das Coisas. A empresa vê, cada vez mais, perspetivas futuras de negócio decorrentes da digitalização de ecossistemas. O Home Connect – maior ecossistema de IoT para eletrodomésticos – já foi adotado por 28 parceiros na indústria, e a sua aplicação pode ser utilizada para operar em todos os eletrodomésticos, desde máquinas de café a máquinas de lavar roupa.

A Bosch identificou um potencial significativo em ecossistemas de vários domínios que ligam diferentes indústrias, como a "Logística 4.0”. Estes ecossistemas reúnem soluções para processos de produção, serviços para edifícios, segurança e mobilidade – áreas nas quais a Bosch tem um papel ativo. Como enfatizou Volkmar Denner: "Os ecossistemas de domínios cruzados são a última disciplina relacionada com IoT. Nenhuma outra empresa está melhor qualificada para realizá-los do que a Bosch. A vantagem competitiva da nossa diversificação nunca foi tão grande.”

Eletromobilidade: luta pela liderança do mercado
A Bosch está a trabalhar incansavelmente para alcançar um avanço na área da eletromobilidade. Em 2017, a empresa assinou 20 contratos para produzir sistemas elétricos de powertrain, avaliados em 4 mil milhões de euros. E espera que o mercado de massas para veículos elétricos tenha um crescimento mais acentuado a partir de 2020, pretendendo ser um dos protagonistas. Já está a trabalhar com a startup americana Nikola Motor Company e a empresa chinesa Weichai Power, maior fabricante mundial de motores para veículos comerciais, para promover o uso de células de combustível em veículos de produção na China. Além do negócio de componentes, a Bosch vê também um futuro promissor em serviços web-based, como o recém-lançado system!e, para melhorar a viabilidade da condução elétrica.

Condução autónoma: de vendas de componentes a soluções de sistemas
A Bosch está a fazer um progresso significativo na condução autónoma, crescendo mais rápido que o mercado que deverá aumentar 20 por cento este ano. Em 2019, a empresa espera gerar 2 mil milhões de euros em vendas de sistemas de assistência ao condutor. Espera ainda que as vendas dos sensores de radar e vídeo, por exemplo, aumentem em 40 por cento. "Mais automatização significa maior complexidade técnica. No futuro, os nossos clientes vão precisar de soluções completas e não apenas de componentes. Esta é a outra área em que a nossa especialidade em sistemas é uma vantagem”, explicou Denner. Cerca de 4.000 engenheiros estão a trabalhar para a Bosch em soluções para a condução autónoma, mais 1.000 do que em 2016.
 
Condução conectada: entrada no negócio de partilha de boleias
A mobilidade conectada é outro mercado no qual a Bosch espera gerar negócios significativos. O mercado global deverá alcançar os 140 mil milhões de euros em 2022 e espera-se que até 2025 haja mais de 450 milhões de veículos conectados nas estradas em todo o mundo. Neste sentido, a Bosch entrou no negócio de partilha de boleias através a aquisição da startup americana Splitting Fares (SPLT). A SPLT e outras 20 prestadoras de serviços de mobilidade fazem parte da nova divisão de Soluções de Mobilidade Conectada da Bosch, que inclui ainda o serviço de partilha de e-scooters da COUP.

Resultados por área de negócio
Todas as áreas de negócio reportaram um aumento de receitas de vendas em 2017: a Soluções de Mobilidade viu um aumento de 7,8 por cento (9,4 por cento após ajuste aos efeitos da taxa de câmbio) nas vendas para 47,4 mil milhões de euros, três vezes mais do que a taxa de crescimento da indústria automóvel no mundo. Este valor de receita total inclui, pela última vez, a contribuição da divisão Started Motors and Generators, vendida no fim de 2017. A margem das operações foi de 7,3 por cento, um ponto percentual acima do ano anterior.

Na área de Bens de Consumo, as vendas chegaram aos 18,4 mil milhões de euros, 4,5 por cento acima do ano anterior, ou 6,7 por cento considerando os efeitos da taxa de câmbio. A margem das operações foi de 8,1 por cento.

A área de negócio da Tecnologia Industrial aumentou a receita de vendas em 7,8 por cento para 6,8 milhões de euros, ou por 9,2 por cento após ajuste aos efeitos da taxa de câmbio. A margem das operações foi de 3,3 por cento, um aumento de 2,1 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

A área de negócio de Energia e Tecnologia de Edifícios alcançou uma receita total de 5,4 mil milhões de euros em vendas, o que equivale a um aumento de 4,1 por cento, ou 5,8 por cento após o ajuste aos efeitos da taxa de câmbio. A margem das operações foi de 4,4 por cento.

Resultados por região
O Grupo Bosch gerou uma receita total de vendas de 40,8 mil milhões de euros na Europa em 2017, o que representa um aumento de cerca de 5,6 por cento, ou 6,6 por cento quando consideradas as taxas de câmbio. A empresa beneficiou da recuperação de mercados da Europa Ocidental e do bom desenvolvimento económico na Alemanha. As vendas em países da Europa Oriental como a Rússia, Roménia e Turquia também aumentaram significativamente.

O crescimento foi também alcançado na região da Ásia-Pacífico, incluindo África. As vendas aumentaram cerca de 13,5 por centro (16,5 por cento após ajuste aos efeitos da taxa de câmbio) para um total de 23,6 mil milhões de euros. Devido à menor produção no setor automóvel e aos efeitos negativos da taxa de câmbio, as vendas do Grupo na América do Norte ficaram 2 por cento abaixo do ano anterior, nos 12,1 mil milhões de euros. Por outro lado, na América do Sul, as vendas aumentaram em 16,4 por cento (13,2 por centro após ajuste aos efeitos de câmbio) para 1,6 mil milhões de euros.

Procura contínua por especialistas em IT e software
No relatório de 31 de dezembro de 2017, o Grupo Bosch contava com cerca de 402.000 colaboradores em todo o mundo, mais 12.900 pessoas do que em 2016. As atividades de recrutamento foram particularmente fortes na Ásia-Pacífico e na Europa Central e Oriental. No seu país de origem, a empresa conta com mais 3.700 colaboradores, num total de 137.700. Em 2018, a empresa vai continuar a recrutar especialistas e executivos em 2018, especialmente engenheiros de IT e software. 


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