MIGUEL OLIVEIRA
é um estorvo para os pilotos oficiais da KTM
ELIMINADO OUTRA VEZ POR UM COLEGA DA MESMA MARCA.
O espanhol Pol Espargaró, que chegou a liderar a corrida na Austria, começou a sentir dificuldades em contrariar a aproximação do Miguel Oliveira. Segundo Pol, era uma questão da escolha do pneu traseiro (borracha macia) para a segunda parte da corrida. Temperaturas da ordem dos mais de 40º no asfalto ditavam o veredicto das escolhas de cada um. O pneu traseiro de Pol tinha deixado de funcionar como devia e estava na base da perda progressiva de lugares.
Miguel vinha a fazer uma corrida inteligente e a carregar bem. Pela atitude da moto nas curvas parecia que tudo estava ok. Na primeira parte, antes da interrupção por causa daquele horrível acidente à 9ª volta, o nosso Miguel, que perdera uma posição no arranque, estava a fazer uma recuperação notável e muito consistente. Chegou mesmo a ser um dos autores da volta mais rápida e morava na quinta posição.
Há a interrupção por causa do acidente provocado por Zarco que leva Morbidelli consigo. A corrida é retomada para 20 voltas, Miguel sai da quinta posição que era a que já tinha antes, vindo ele da 11ª. Mas voltou a perder uma posição no arranque e teve de ir atrás do prejuízo. Conseguiu finalmente dominar o Grande Rossi, o Doctor, e mostrar que corria para o pódio.
A sorte foi-lhe madrasta outra vez. Encontrou no seu caminho um colega de marca, o muito experiente Pol Espargaró, numa das duas KTM oficiais. Miguel, na sua KTM de equipa satélite, estava pronto para o ultrapassar.
Talvez aqui tenha valido a antiguidade (experiência) do espanhol na categoria contra a ainda jovem carreira do português na F1 das motos que vai só na segunda época. Segundo Miguel, Pol faz uma manobra inesperada que o leva a "fugir" e a cair. Pela terceira vez, Miguel é prejudicado por um colega da mesma marca - Zarco, Binder, Espargaró.
E Binder, parceiro de Miguel nas categorias anteriores, que deu à KTM em Brno a primeira vitória da marca na sua terceira corrida em MotoGP, voltou a tirar partido da situação e arrancou agora um excelente 4º lugar que o coloca em quarto no Mundial, contra 14º para o Miguel. E foi recebido em apoteose na sua box, ao mesmo tempo que subia à categoria de herói da África do Sul.
Estou em crer que os senhores da KTM (fábrica) estão-se marimbando para o que acontece com a equipa satélite desde que … desde que as coisas corram bem para o seu lado. É assim a dura lei da competição ao mais alto nível onde se jogam milhões em investimento e nome.
O Miguel, na equipa satélite Tech3…é um estorvo para a equipa oficial, onde o Espargaró reside faz agora 4 anos e o Binder foi escolhido em seu detrimento. Penso que tudo isto junto “mexe” com o nosso piloto que vê o seu talento coartado das mais inesperadas formas.
Com uma moto-cliente Miguel é uma ameaça permanente para os pilotos oficiais.
Próximo fim-de-semana repete-se a ementa.
Espero que nenhuma KTM derrube o Miguel Oliveira outra vez.
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João Raposo
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