Os resultados registados nas primeiras corridas de Fórmula 2 de 2020, categoria que estreia os pneus de 18 polegadas, dão bons indicadores para o ano de 2022, época em que a Fórmula 1 adotará esta medida de pneus, juntamente com um pacote de modificações nos monolugares. Os carros da categoria de prata são idênticos aos do ano passado (excetuando pequenas alterações no chassi), portanto a maior variação reside precisamente nos pneus. Desta forma, temos um ponto de comparação perfeito entre o P Zero 13" de 2019 e o de 18" em vigor a partir deste ano: · TEMPOS DE VOLTA MAIS RÁPIDOS: os pneus de maiores dimensões e outras alterações acima mencionadas aumentaram o peso do F2 em 30kg, em relação a 2019. No entanto, na Áustria (a meteorologia não nos permitiu fazer comparações válidas na Hungria), os tempos de volta registados foram mais rápidos do que os da última temporada. Isto deve-se, em parte, à maior aderência nas curvas proporcionada pela nova construção dos pneus. · MELHORES SENSAÇÕES AO VOLANTE: Os pilotos elogiaram a sensação conferida pelos novos pneus de 18”. Além disso, a filosofia dos pneus difere daquela que é aplicada na F1, pois os pneus nesta categoria contam com um grau deliberado de degradação para ajudar os jovens talentos a gerir os mesmos. · MAIOR CONSISTÊNCIA: Apesar disso, os corredores beneficiaram de uma grande consistência para atacar durante todo o stint, com uma queda de desempenho menor ao longo do tempo. A degradação também é menor, o que amplia o alcance estratégico disponível na corrida (onde é obrigatório realizar um pit-stop e trocar de composto). · MELHORES EM PISO MOLHADO: os pilotos de F2 conseguiram usar intensamente as variantes do Cinturato para piso molhado, tanto na Áustria como na Hungria, e apontaram uma grande melhoria na capacidade de gestão deste tipo de pneus, mesmo em casos de pouca aderência.
MARIO ISOLA - RESPONSÁVEL PIRELLI NA F1: "Embora os testes com os pneus de 18 polegadas na Fórmula 1 não regressem até 2021, o que temos visto na Fórmula 2 é um sinal muito esperançoso para o futuro. Os compostos são quase idênticos aos utilizados em 2019, portanto, as comparações entre os pneus de 13 e os atuais são totalmente válidas. Os monolugares de F1 de nova geração terão importantes mudanças aerodinâmicas, o que deve diminuir os tempos de volta, mas, ao mesmo tempo, estimamos mais consistência, menos sobreaquecimento e mais ação na pista, algo que os nossos pneus vão potenciar”. |